Por MMendes
Num lugar não tão distante,
pensava um juiz preocupado,
em sanear suas finanças,
administrar o ordenado.
Ainda era meio do mês
e o salário tinha acabado.
Reduziu o consumo de vez,
mas o gasto havia dobrado.
Lutaria por reajuste,
Se estivesse estimulado...
O teto era um embuste,
deixou a idéia de lado.
Era um juiz honesto,
daqueles curtidos no sal.
Seu temor manifesto,
era parecer Nicolau.
Um pensamento esquisito
percorreu a sua mente.
De comer não necessito,
juiz é deus, não gente.
Trabalhando noite e dia,
dormia de vez em quando.
Da fome se esquecia,
e o tempo ia passando.
O que o juiz não sabia,
é que ele era humano.
Juiz de barriga vazia,
não subsiste neste plano.
Desnutrido e moribundo,
mil sentenças proferiu,
foi juiz até o dia,
que desta vida partiu.
Esta estória dá o tom:
Os Santos estão no altar,
Dinheiro demais não é bom,
também não pode faltar.
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