sábado, 7 de fevereiro de 2009

DESENCONTROS

Por MMendes

Edifica,
depois modifica.
Revolve, envolve,
mas nada resolve.

Uma mistura estranha,
meio bela, cabelos de fera.
Primeiro aquece e,
logo gela.

Pincela colorido,
depois mancha toda a tela.
Indecisa, inconcisa.
É o verso e o reverso.

Vem e me absorve,
vai e me dissolve.
Adora seu nome.
Me olha, me come.

Com unhas de aço,
me abre,
me rasga,
depois some.

Não sei quem é,
me leva nos braços,
me abate na trama,
me olha no chão.

Seus olhos azuis,
me chamam sem fim.
Seus braços porém,
se cruzam sem mim.

Teu coração pulsa quente,
teu peito aparenta.
Corpo obceno,
de gestão tão frio.

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