Por MMendes
O que preenche, esvazia.
Uma água que mais sede dá.
Transparente,
agora opaco e negro.
Aquilo que brilhou,
caminha nas sombras.
Mais ardil,
abate num covil.
Era quente,
hoje é frio.
Mais senil,
ensinando seu vazio.
Se a vida busca,
não saberei jamais.
Busca por toscas veredas,
nos becos onde não há.
Aprende mais do que sabe,
ensina o que nunca aprendeu.
Não sabe se mente ou sente,
artista demente.
No dia contracena,
encena,
obsceno.
Nunca para o insano.
Sua morte mentirá.
Falseará sua sorte,
sonolento,
nos braços da senhora,
há de fingir reclinar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário