sábado, 7 de fevereiro de 2009

METRÓPOLE

Por MMendes

Sem rosto a cidade é vazia.
Pessoas sem rumo e sem cor.
Calçadas tão frias,
abrigam corpor em dor.

Metrópole escura,
rigidez de pedra dura,
uma lápide sem jardim,
um cemitério sem fim.

A vida corre no tempo,
no metrô a vida se vai.
Um transe de corpos que pendem,
insensíveis, não sofrem, não sentem.

No movimento se vão,
nada ao redor alegra.
Não se sabe de que são,
de carne ou de pedra.

Estou onde não estou,
mente e corpo conflitando,
meu corpo aqui está,
minha mente viajando.

Procuro um rosto na rua,
sentir um perfume no ar,
um brilho de estrela,
uma beleza de luar.

Um comentário:

  1. Simplesmente lindo.
    Parabéns pelo poema.
    Um abraço do tamanho do Atlântico :)
    Inês Dourado

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