sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

MULHER QUE ME MATA

MMendes

Mora na minh’alma,
olhos negros penetrantes.
Com veneno me acalma,
me da sonhos delirantes.

Buscando acalento,
cambaleio rodopio.
Caio no chão sedento,
ofegando, suando frio.

Não posso ver o teu rosto,
a penunbra m’inebria,
mas sinto na boca teu gosto,
és magra de pele fria.

Teu nome, eu não conheço,
mas teu sopro me arrepia.
Em teus braços eu padeço,
não te encontro n’outro dia.

Tens o hálito da morte,
quando joga pela vida,
nas cartas da minha sorte,
em becos que não há saída.

Um dia irei contigo,
na volúpia do teu amor,
numa morte sem abrigo,
dou meu corpo sem calor.

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