sábado, 21 de dezembro de 2013

Notícia ruim


NOTÍCIA RUIM

Por que 
notícias ruins 
são tão ligeiras? 
Sem tempo 
para trincheiras. 
Voo rápido 
rasante, 
de rapina, 
de rompante.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Hoje

HOJE

Hoje, 
mas só hoje,
vou ser 
muito mais 
feliz. 
Vou realizar 
tudo o que 
sempre protelei.
Vou amar 
a minha amada, 
muito mais 
do que 
imaginei. 
Vou sorrir, 
dar gargalhadas, 
Fazer aquela 
viagem,
tomar
um bom vinho
acompanhado,
fazer tudo 
que eu sempre quis. 
Amanhã 
eu vou pensar 
nas coisas 
que não fiz, 
prometer 
tudo de novo. 
Um dia 
vou ser 
só feliz.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Janela da alma

JANELA DA ALMA

Esse olhar
me seduz
me leva
para onde
quer.
Me dê um
lume apenas,
uma esperança
qualquer.
Não importa
a cobertura,
debaixo
das vestes,
através de
seu olhar,
vejo seu
corpo
de mulher.

Inversão de valores



 INVERSÃO DE VALORES

Súmula bula,
bússola fatal.
Quanto mais
eu subi,
mais caí
nos paralelos.
Pelo norte
me orientei,
mas foi
no sul
que acabei.
Meu Deus!
O mundo está
de pernas
para o ar.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Beijo de luz

BEIJO DE LUZ

Com um beijo 
incandescente 
a noite 
se entregou 
ao dia. 
No céu 
um colar 
de estrelas 
se rompeu 
esparramou-se
como lantejolas 
sobre o bréu.
A Lua, 
antes oculta 
na penumbra 
minguante
agora plena 
de luz, 
desfila 
radiante
cheia 
nua.

Fome de amor

FOME DE AMOR

Sentou-se à mesa
saboreou
um prato vazio. 
Encheu o estômago 
de amargura. 
Nos olhos 
não tinha ternura.
Engoliu a tristeza.
Fez seu pedido:
Tenho fome de amor.

O que é o amor?

O QUE É O AMOR?

O que é o amor
senão o fulgor
de um espírito
que quer se doar
levanta os caídos
protege o frágil
alimenta o faminto
semeia o perdão
colhe justiça
espalhando perfume
pelo ar?

Aparências

APARÊNCIAS

Vivemos as aparências 
de formas tão belas
mas, de alma vazia
vaidades eternas.

Erotismo viril 
de um amor vil
que não se completa
nunca se satisfaz.

Caras jovens 
plastificadas 
sem expressão 
mumificadas.

Organismos esculpidos 
conduzidos 
por espiritos estúpidos 
indolentes 
doentes
sem valor.

Cidades 
de letreiros elegantes
de becos cinzentos
correria inebriante
homens viciados em dor.

Eu não quero 
viver nesse mundo. 
Eu quero 
morrer de amor.