PABLITO, UMA PÁSCOA GENEROSA
*MMendes
Assim que o carro estacionou na garagem, Pablito veio correndo e pulou no colo do vovô. Em meio aos abraços, cosquinhas e risadas, vovô disse ao neto:
- Você não advinha quem eu encontrei! O coelhinho da Páscoa!
- Onde vovô? Onde ele estava? Perguntou arregrando os olhinhos de espanto e surpresa.
- Lá perto do mercado. E sabe o que ele me falou? Que vai te trazer um delicioso ovo de chocolate branco. Pablito adora chocolate branco.
Pablito passou a língua nos lábios e disse:
- Delícia! Quando vovô, quando ele vai trazer?
- No domingo de Páscoa! Disse o vovô.
Então foi com o netinho até a dispensa, pegou uma caixa de sapatos e juntos encheram com pedados de papel picado. Era o ninho do coelho, onde ele deixaria os ovos.
Na noite do sábado vovô e vovó puseram os chocolates na caixa sobre a mesa da sala de estar. Tão logo acordou no domingo, Pablito foi conferir o ninho e deu um grito de alegria ao ver um ovo de chocolate branco. Junto com esse ovo havia outros três chocolates, que Pablito distribuiu generosamente para a mamãe, para o titio e para a vovó.
- Ih! Acho que o coelho esqueceu-se de mim. Disse o vovô.
- Não vovô, não esqueceu não. Esse ovo é para mim e para você. Disse Pablito consolando-o. Abriu o ovo, partiu um pedaço e com um largo sorriso ofereceu para o vovô, que abraçou o neto e agradeceu a oferta.
A Páscoa é sem dúvida uma época muito especial. Mistura a magia do coelho e o sabor do chocolate ao mistério da ressurreição de Cristo, tudo amarrado pelos laços de família. É tempo de renascer, reaprender a viver. Como é bom testemunhar a generosidade brotar como um delicioso bombom saído do ovo da vida, entregue pelas mãos de uma criança, com o firme propósito de redimir os homens da velha e conservadora ganância. Feliz Páscoa Pablito. Será um grande homem.
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