NA BAGUNÇA DA VIDA EU ME VI
*Marco Mendes
Revirando as gavetas das memórias
encontrei tempos perdidos, rascunhos mal escritos,
coisas inacabadas.
Fui relendo de vagar, para não desarrumar a bagunça
da desordem que montei para justificar
o que não compreendi.
Nas linhas sobre as quais eu escrevi,
nem a caligrafia reconheci.
Agora vejo que, a cada palavra lançada sem maturidade,
me emaranhei nas tortuosas linhas,
fechei as portas, me tranquei, prendi.
Hoje releio a vida de óculos. A miopía? Corriji!
Do embaraço me soltei, libertei a minha alma
que ainda não voou para além do horizonte,
não porque eu impedi.
Mas, porque entendeu que havia algo por fazer,
consertos, reparos dos danos que cometi.
Me perdoe oh minh´alma!
Foi sem querer que nos arquivos das incompreensões,
sem justiça e sem razão, eu me escondi de ti.
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