GIRASSOL
Poema dedicado ao meu pai
* Por Marco Mendes
Pai, desde a aurora de minha vida
sigo teu caminhar como um girassol.
No teu zênite me roubaste a sobra,
me desnudou perante os olhares da vida.
Foi ai que aprendi a ser eu mesmo,
sem medo dos olhares esguios.
Os anos marcam teu ciclo,
do amanhecer, pelo vespertino ao entardecer.
Quando a noite chegar tu não te apagarás,
mas, eu sim ficarei no escuro.
Desesperadamente busco imitar tua beleza,
para jamais esquecer-me de tua luz.
Em minhas pétalas amarelas
se vê tua coroa flamejante,
envolvendo todo o disco solar.
Absorvo teu calor e já tenho sementes.
No dia em que eu me for,
germinarão sobre a terra fértil
que crescerão a te admirar.
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