quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Girassol




GIRASSOL

Poema dedicado ao meu pai


* Por Marco Mendes


Pai, desde a aurora de minha vida

sigo teu caminhar como um girassol. 

No teu zênite me roubaste a sobra, 

me desnudou perante os olhares da vida. 

Foi ai que aprendi a ser eu mesmo, 

sem medo dos olhares esguios.

Os anos marcam teu ciclo,

do amanhecer, pelo vespertino ao entardecer. 

Quando a noite chegar tu não te apagarás, 

mas, eu sim ficarei no escuro. 

Desesperadamente busco imitar tua beleza, 

para jamais esquecer-me de tua luz. 

Em minhas pétalas amarelas 

se vê tua coroa flamejante, 

envolvendo todo o disco solar. 

Absorvo teu calor e já tenho sementes. 

No dia em que eu me for, 

germinarão sobre a terra fértil

que crescerão a te admirar.

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