AS IDAS E VINDAS
*Marco Mendes
Quando saio de casa,
Sinto-me tanto estranho,
um pássaro sem asa,
ou ovelha sem rebanho.
Fico horas pensativo,
O silêncio a escutar.
Talvez menos altivo,
olhando o tempo passar.
Paixões ensandecidas,
violaram minha alma,
hoje refém passiva,
desse amor que me acalma.
A fúria foi-se embora,
posso agora perceber,
amarguras da aurora,
são paz no entardecer.
És uma flor, eu o terreno,
És o início, eu o fim.
és um riacho sereno,
que deságua sobre mim.
Tua água refrescante,
diminui o meu arder,
meu espírito conflitante,
aquieta-se ao te sorver.
Quieto sinto profundo,
que és muito em mim,
és uma parte do mundo,
perfumas o meu jardim.
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