quarta-feira, 11 de março de 2009

Meu sereno amor

MMendes

O amor se manifesta imenso, torrente derramada que escorre entre vales e estreitos até se perder no mar. O mar é repositório imenso, denso de amores vividos, padecendo de sofrimento.
Nesse triste tormento, amores dormentes do mar tentam voltar a terra, lançando-se em ondas contra os rochedos. O robusto e portentoso oponente, esfacelado pela luta é registro do brado languido, lamento fino de areia, soprada, levada pelo vento.
Os minúsculos grãos de rocha, espalhados pela terra a dentro, clamam por notícia, conduzem soluços e lamentos de amores em cartas de sofrimento.
O poeta é um marinheiro, buscando terras distantes, navega pelo mar a dentro. O amor é um sentimento realmente poderoso, ora calmo ou fervoroso. É mesmo um mar bravo e revolto. O segredo está na maestria do timoneiro. Navegar pelo mar bravio não é para qualquer marinheiro. Diante das imensas ondas, o bom timoneiro é capaz de demonstrar calma e sossego. O barqueiro inexperiente pode naufragar ou se perder no desespero. O mestre capitão, experiente timoneiro, cruza todo mar bravio sem perder uma só onda, até atingir o remanso das praias, onde o mar, lá no alto, revolto e bangunceiro, agora descansa tranquilo. É nessa hora que a criança, que nos enriquece por dentro, sonha tranquila na praia, brincando de marinheiro.

3 comentários:

  1. Marcos,

    Adorei o contraponto. Mas tem que publicar a poesia também!!!!
    Agora que já conheço o Blog , venho vistá-lo neste espaço. Abraços. Cláudia

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  2. Falo do poema "contraponto" que você escreveu...abs Cláudia

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  3. Marco,


    Agora ficou completo! Adorei....Cláudia

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