segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Pablito, o matador de dragões

PABLITO, O MATADOR DE DRAGÕES
Por Marco Mendes

Amanheceu o dia e Pablito estava roncando esparramado em sua cama. A vovó acordou cedo, preparou a mochila da escola, separou as peças do uniforme. Sentada à beira da cama do menino, acariciando os cachos do neto o convidou a levantar para ir à escola. Mas ele não se moveu. Então jeitosamente tirou-lhe o pijama e vestiu o uniforme. Mas ele seguia como morto (de sono). Insistiu várias vezes, até que, sem abrir os olhos, ele disse:

- Eu não quero ir à escola hoje, vovó!

Nessa hora o vovô entrou no quarto:

- Como assim não irá à escola hoje? Logo hoje que um dragão ameaçador está sobrevoando sua escola, pronto para atacar sua classe?

O menino arregalou os olhos e sentou-se à cama. Então o vovô continuou:

- Só o corajoso cavaleiro Pablito poderá vencer esse terrível dragão e salvar a escola.
Nessa hora o menino deu um salto da cama e saiu pulando como que cavalgando um majestoso cavalo.

- Pocotó, pocotó, pocotó. Então vamos logo para a escola vovó. Eu vou matar o dragão com uma pedrada na cabeça.

E assim foi corajosamente alegre para mais um dia de aula, vencer todos os dragões imaginários e salvar o castelo. Afinal, não são justamente os sonhos e as fantasias que nos fazem enfrentar a dura realidade que é a vida?

Vendo aquela pureza de criança, o coração do vovô vibrou de contentamento:

- Ah meu Dom Quixote, meu netinho querido. Não deixe jamais que te roubem a capacidade de imaginar e sonhar, nem a coragem de lutar, pois são essas virtudes os pilares da felicidade e a força para enfrentar os desafios da vida.

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