quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Olhos para luz



OLHOS PARA LUZ

Oh meu Jesus de Pirapora, 
se sabemos 
que a morte é inexorável, 
de onde vem 
o desejo ardente de viver 
que em nossa alma vigora? 
Se cerrar os olhos 
no breu da noite fúnebre 
é tão natural 
por que persistimos 
em contemplar 
o assomar da aurora? 
É que a morte é terrena 
e a vida é divina, 
oh Madalena. 
Os olhos se abrem a luz 
enquanto a alma imorredoura 
que com a vida pactua
sua força revigora.

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