quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Trabalhador frigorífico



TRABALHADOR FRIGORIFICO
*MMendes
Acho que a poesia morreu dentro de mim. 
Tudo ficou mudo, não há cores, não há vida. 
Quando foi que isso ficou assim? 
Acho que foi quando o trabalho desumano 
me transformou em uma das máquinas 
da linha de produção. 
Depois disso, 
não tive casa, mulher, nem filhos, 
apenas a exaustão, dores, 
mutilação, desprezo, depressão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário