TRABALHADOR FRIGORIFICO
*MMendes
Acho que a poesia morreu dentro de mim.
Tudo ficou mudo, não há cores, não há vida.
Quando foi que isso ficou assim?
Acho que foi quando o trabalho desumano
me transformou em uma das máquinas
da linha de produção.
Depois disso,
não tive casa, mulher, nem filhos,
apenas a exaustão, dores,
mutilação, desprezo, depressão.
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