terça-feira, 9 de setembro de 2014

Presente do tempo

PRESENTE DO TEMPO

*MMendes
O tempo passou 
depressa. 
Mas acho que 
eu é que andei 
distraído demais, 
desatento 
aos sinais. 
Como é que 
não percebi 
o surgimento dos 
cabelos alvejados, 
das rugas 
de expressão, 
o tecido flácido? 
Pensando melhor, 
eu ganhei 
tudo isso 
como prêmio 
por ter vivido, 
coisa que 
quem morre 
cedo 
verá jamais.

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