PABLITO, onde está Deus?
MMendes
Domingo passado fui à missa com meu neto. Ele não parava quieto no banco. Escorrega, senta no chão, deita no colo. Sabem como é difícil para uma criança de três anos ficar quieta. Vendo toda aquela inquietação eu disse a ele:
- Sente-se no banco, feche os olhinhos, faça silêncio e converse com Deus.
Ele até que obedeceu, mas no dia seguinte, depois que o vovô viajou, ele surgiu com uma difícil pergunta para a vovó, que me repassou via whatsapp:
- Vovó, por que quando fecho os olhos não encontro Deus?
Se de um lado o evangelista João afirma que “ninguém jamais viu a Deus”, o filósofo inglês Roger Scruton lembra que não conseguimos ver sequer nosso próprio rosto, senão por meio de um reflexo. Minha dificuldade era justamente tentar falar sobre “o rosto de Deus” para meu neto. Scruton me arrumou uma saída ao dizer que “o rosto de Deus” é revelado no reflexo da inter-relação virtuosa entre os homens e dos homens com a natureza. Lembrei-me de Jesus quando afirma “Quem me vê a mim vê o Pai”. Jesus era o reflexo humano da santidade de Deus.
O questionamento de meu neto me fez compreender que eu poderia sim mostrar o “rosto de Deus”, sendo reflexo do amor de Deus. Como afirmou o escritor Clive Staples Lewis “não pode refletir-se a luz do sol num espelho coberto de pó com a mesma luminosidade com que se reflete num espelho limpo”. Pensando nisso, antes de dar uma resposta a meu neto, no silêncio no quarto do hotel confessei a Deus meus pecados, suplicando que tornasse minha alma limpa e pura.
Ontem quando cheguei de Dourados meu neto veio correndo e pulou pendurando-se em meu pescoço:
- Vovô eu te amo.
Como é bom chegar de viagem e receber um “eu te amo” tão puro e verdadeiro. Foi Deus quem me presenteou, pois Deus é a fonte de todo amor.
A noite ele quis dormir em minha cama. Apaguei a luz e o abracei. Abraçadinhos perguntei:
- Você está me vendo?
- Não vovô, está muito escuro! Então continuei:
- É assim que acontece quando fechamos os olhos. Não vemos Deus, mas ele está ali abraçando a gente.
Passado uns minutos ele dormiu um sono profundo. Então sussurrei uma oração em seu ouvido:
- Vovô eu te amo.
Como é bom chegar de viagem e receber um “eu te amo” tão puro e verdadeiro. Foi Deus quem me presenteou, pois Deus é a fonte de todo amor.
A noite ele quis dormir em minha cama. Apaguei a luz e o abracei. Abraçadinhos perguntei:
- Você está me vendo?
- Não vovô, está muito escuro! Então continuei:
- É assim que acontece quando fechamos os olhos. Não vemos Deus, mas ele está ali abraçando a gente.
Passado uns minutos ele dormiu um sono profundo. Então sussurrei uma oração em seu ouvido:
- Durma bem meu anjinho e rasgue o véu da escuridão para entrar no santuário dos sonhos. Sonhe com Deus.